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24/06/2022

 

 

 

 

Hoje, 23/06 – Corrupção no MEC ‘envergonha todos nós’, ‘desgoverno, caos completo’, o reconhecimento pelo trabalho da imprensa, e mais: plataformas de internet estão destruindo a democracia, diz Nobel da Paz

 

 

'Envergonha a todos nós', diz presidente da Comissão de Educação sobre prisão de Milton Ribeiro
G1; 22/06
http://glo.bo/3OCPqvo

O senador Marcelo Castro (MDB-PI), presidente da Comissão de Educação do Senado, afirmou nesta quarta-feira (22) que lamenta a prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro e disse que “providências precisam ser tomadas” para aprofundar as investigações. Ele afirmou ainda que a prisão "envergonha a todos nós". A prisão foi determinada pelo juiz federal Renato Borelli.

No mandado de prisão, ao qual a coluna teve acesso, o magistrado elenca ao menos quatro crimes que teriam sido cometidos por Ribeiro: corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência.

 

Prefeitos confirmaram pedidos de propina - Em abril, a Comissão de Educação realizou uma audiência com prefeitos que confirmaram que o pastor Arilton Moura cobrava propina em dinheiro, ouro e até por meio da compra de bíblias para conseguir liberar verbas no Ministério da Educação.

Segundo os prefeitos, ele também ajudava a viabilizar reuniões no MEC com o então ministro Milton Ribeiro e com o presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Marcelo Lopes da Ponte.

As cobranças se davam em troca da construção de escolas e creches, disseram os prefeitos. Eles reforçaram ainda que, após a negativa do pagamento de propina, a verba para as obras não foi empenhada.

 

 

Opinião, por Claudia Costin: ‘MEC de Ribeiro não tinha ‘apetite’ para gerir Educação”
CNN; 22/06
https://bit.ly/3zXRslO

A Especialista CNN em educação Claudia Costin afirmou, nesta quarta-feira (22), que a prisão preventiva de Milton Ribeiro, ex-ministro da Educação, mostra que na pasta “não havia nenhum apetite para gerir a política educacional” durante a gestão dele.

“Há dois anos letivos praticamente inteiros de escolas fechadas. As crianças não se alfabetizaram, tiveram dificuldades das mais variadas, e o MEC teria tido, no período Milton Ribeiro, muito a fazer”, disse a Especialista CNN.

Segundo Costin, o FNDE é “fundamental” na estrutura do Ministério da Educação, atuando na distribuição de livros didáticos para escolas públicas e apoiando na construção de creches em municípios mais pobres, por exemplo.

 

Fundo gerido pelo MEC passa por ‘desgoverno, caos completo’, diz senador
Rede Brasil Atual; 22/06
https://bit.ly/3zXRo5v

O presidente da Comissão de Educação do Senado, Marcelo Castro (MDB-PI), defendeu intervenção no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), vinculado ao MEC.

“É preciso que o Ministério da Educação, agora com o novo ministro, o Victor Godoy, tome essas providências. Porque o FNDE continua praticando irregularidades, como fazer empenhos parciais (para obras). Isso é uma molecagem, é uma desorganização, é um desgoverno, não pode ser assim. É um caos completo da administração pública”, disse o senador à jornalista Ranyelle Veloso, do jornal Meio Norte, do Piauí, após a prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro.

 

 

Prisão de Ribeiro: quem são os pastores alvo da operação da PF
Estadão; 22/06
https://bit.ly/3OAl0dr

No gabinete paralelo formado por pastores no Ministério da Educação, a dupla Gilmar Santos e Arilton Moura comandava a agenda do ministro e intermediava destinação de verbas e as direcionava para aliados políticos.

Gilmar Santos - é líder do Ministério Cristo para Todos, um ramo da Assembleia de Deus, com sede em Goiânia. O ministro Ribeiro já pregou no templo, durante culto denominado Ceia Geral. A igreja dele é de pequeno porte se comparada a outros braços da Assembleia de Deus com atuação nacional.
Arilton Moura - Braço direito de Gilmar dos Santos, Moura atua como assessor de Assuntos Políticos da Convenção Nacional de Igrejas e Ministros de Assembleias de Deus no Brasil Cristo para Todos.

 

POLÍTICA EDUCACIONAL

Aulas de história e geografia em SP poderão ter professor sem formação na área
Folha de S. Paulo; 22/06
https://bit.ly/3OffEEM

Sem conseguir contratar professores para atuar nas escolas estaduais, o governo Rodrigo Garcia (PSDB) alterou uma resolução para que profissionais sem formação específica na área possam dar aula.

A mudança vai permitir que professores com diploma de pedagogia sejam contratados para dar aula de história, geografia, sociologia, filosofia, arte, projeto de vida e orientação de estudos.

A resolução também permite que estudantes de cursos de licenciatura a partir do quarto semestre sejam contratados para dar aula das disciplinas que cursam. Há ainda a autorização para contratar profissionais que tenham diploma de bacharelado ou curso de tecnologia, ou seja, sem formação em educação.

A resolução foi publicada no Diário Oficial do Estado no dia 10 deste mês, mas as novas regras passaram a valer a partir na última segunda-feira (20).

 

SAÚDE

Covid fez ao menos 275 escolas municipais de São Paulo suspenderem aulas
Folha de S. Paulo; 23/06
https://bit.ly/3QKXZGr

A escalada de casos de Covid-19 levou, pelo menos, 275 escolas da rede municipal de São Paulo a suspenderem as aulas entre os dias 23 de maio a 15 de junho deste ano. É o que aponta uma pesquisa feita pelo Crece (Conselho de Representantes dos Conselhos de Escola).

O órgão colegiado, que reúne pais de alunos e profissionais da educação, enviou questionários para 1.510 unidades da rede municipal e recebeu respostas de 522 delas. Houve o registro de novos casos da doença em 480 escolas.

 

 

 

    E TEM MAIS:

 

 

Plataformas de internet estão destruindo a democracia, diz Nobel da Paz
Folha de S. Paulo, 22/06
https://bit.ly/3ygjKac

As plataformas de internet acabaram com a realidade compartilhada e estão destruindo a democracia, alerta a jornalista filipina Maria Ressa, vencedora do Prêmio Nobel da Paz de 2021. Cofundadora do site Rappler, ela é alvo de diversos processos e chegou a ser presa em 2019 pelo governo de Rodrigo Duterte após uma reportagem.

"Os fatos são entediantes, eles não se alastram —é por isso que a estrutura de incentivos das plataformas de mídia social está completamente errada", diz em entrevista à Folha.

Ela argumenta que, nesse contexto, cada pessoa vive em seu feed de notícias personalizado, e o que ganha maior alcance são as mentiras e discurso de ódio, e não a verdade.

A vencedora do Nobel indicou, em palestra no Deutsche Welle Global Media Forum, na segunda-feira (20), estar muito preocupada com a versão de Bolsonaro para o movimento de Trump de desacreditar o processo eleitoral.

Pergunta: Ativistas de extrema direita se dizem censurados pelas plataformas de internet quando há moderação de conteúdo. Qual é o significado de liberdade de expressão em uma era em que a mídia social é usada por líderes populistas como arma?

Maria Ressa: Os feeds personalizados [das redes sociais] fazem com que os vieses cognitivos de todas as pessoas sejam amplificados, usando essas escolhas algorítmicas. É uma radicalização dos pontos de vista em relação a tudo, desde democracia até vacinas até mudança climática, diretamente para a terra plana.

O impacto começa como um reforço individual dos vieses, mas, no final, o que acontece é que a liberdade de expressão acaba sendo utilizada para sufocar a liberdade de expressão.

Você e eu já sentimos na pele esses ataques seletivos exponenciais, e entre as primeiras pessoas visadas estavam jornalistas, organizações de imprensa, políticos oposicionistas. Quando você é atacada 1 milhão de vezes, quando a desinformação de gênero está num ponto em que você é martelada até ser reduzida ao silêncio, o passo seguinte é substituir sua narrativa, certo? É uma estratégia que já funcionou da Crimeia à Ucrânia, das Filipinas ao Brasil, nos Estados Unidos e além.

No discurso do Nobel, descrevi as mídias sociais como uma bomba atômica que explodiu em nosso ecossistema de informação. O que estamos vendo acontecer hoje —o colapso da lei e ordem, o colapso dos freios e contrapesos da democracia—, isso é o que acontece quando há impunidade no mundo virtual. Ela leva à impunidade no mundo real.