A Fepesp e o Instituto Vladimir Herzog de direitos humanos estão juntos no apoio à professora e ao professor que sentir-se pressionado pelo conteúdo ministrado em sala de aula.
Nesta segunda-feira (05), Celso Napolitano, presidente da Fepesp, e Rogério Sottili, diretor executivo do Instituto Vladimir Herzog, estiveram reunidos para ampliar a rede de proteção aos professores e defender a liberdade de cátedra prevista na Constituição.
Não fique só. Veja mais aqui: http://bit.ly/2QsHlfu
Hoje (06/11), no Clipping Fepesp, as principais notícias:
- Bolsonaro defende que professores sejam gravados
- Ataque ao Sistema S é 'falta de conhecimento', diz CNI
EDUCAÇÃO BÁSICA
Bolsonaro defende que professores sejam gravados: 'Tem que se orgulhar e não ficar preocupado'
(O Globo; 05/11)
https://glo.bo/2PLNsOA
O presidente eleito Jair Bolsonaro criticou o que chamou de "doutrinação desacerbada" (sic) em questões do Enem, aplicado neste domingo em todo o país. Em entrevista à "TV Band", na tarde desta segunda-feira, Bolsonaro disse que "é um vexame ver o que cai na prova do Enem" e defendeu que se cobre "o que tem a ver com a questão do Brasil e da cultura". O capitão do Exército disse ainda que professores devem se orgulhar e não ficar preocupados com gravações em salas de aula.
Ao ser questionado se concorda que alunos gravem professores que estejam fazendo "doutrinação" em sala de aula, como sugeriu a deputada estadual eleita em Santa Catarina pelo PSL Ana Caroline Campagnolo, Bolsonaro disse que os professores devem se "orgulhar" e não ficar preocupados, caso algum aluno decida gravar as aulas.
Editorial Folha | Escola sem sentido
(Folha de S.Paulo; 06/11)
http://bit.ly/2Ff8PEe
Reforçada pela vitória de Jair Bolsonaro (PSL) na eleição presidencial, a pauta conservadora do Congresso ainda carece de um debate menos contaminado por revanchismo ideológico. Um exemplo imediato é o do projeto conhecido como Escola Sem Partido.
O texto parece fadado a terminar na Justiça. Antes disso, pode deixar cicatrizes nas relações de confiança que devem reunir docentes, pais e alunos na tarefa comum: prover crianças e jovens com conteúdos e habilidades para navegar no mundo do conhecimento, do trabalho e do debate democrático, sempre por meio de negociação racional.
Introduzir a censura é a pior maneira de perseguir tal objetivo.
Artigo | Escola partida
(Folha de S.Paulo; 06/11)
http://bit.ly/2AOBDis
Por Vera Iaconelli: Soa muito suspeito o fato de que um professor falar sobre pobreza, solidariedade, equanimidade ou ensinar a história do nosso país seja interpretado como discurso ideológico da “esquerda comunista comedora de criancinha”.
Mais suspeito ainda é uma deputada, defensora da Escola sem Partido, tirar fotos em sala de aula vestida com a camisa do seu candidato. A mesma que incitou os alunos a cometerem o crime de filmar e denunciar os supostos professores de “esquerda comunista comedora de criancinha”.
Obviamente não há nada de estranho, trata-se justamente de tentar ultrapassar os muros das escolas, último espaço de exercício da crítica e do livre pensamento, com a mão pesada do autoritarismo e da ideologia.
Artigo | Como vai ser o ministro da Educação de Bolsonaro?
(Catraca Livre; 05/11)
http://bit.ly/2yT6lFV
Por Dimenstein: Não será fácil a primeira entrevista do ministro da Educação escolhido por Jair Bolsonaro.
Se lhe for perguntado quando será tirado das escolas o “Kit Gay”, ele tem duas opções:
1)Responde que não existe Kit Gay (o que é a verdade) e já começará brigando com Bolsonaro;
2) Dirá que tomará providências rapidamente e será demitido pela sociedade. Afinal, não existe esse tal material nas escola, mostrando que o novo ministro não sabe nada de educação. Estaria transmitindo uma comprovada Fake News.
SESI / SENAI / SENAC
Ataque ao Sistema S é 'falta de conhecimento', diz CNI
(Valor Econômico; 05/11)
http://encurtador.com.br/oFUV1
O mal-estar entre a indústria e o economista Paulo Guedes, já anunciado como titular do futuro superministério da Economia, ganhou mais um capítulo com a informação de que ele pretende mexer no funcionamento do Sistema S. As primeiras fricções haviam surgido com o plano de extinção do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic) como pasta independente e com a ideia de um corte unilateral nas tarifas de importação.
Em conversas sobre o Sistema S, Guedes tem dito que a solução é "privatizar" o que haveria de melhor enel, o Senai. Para o economista, o ensino técnico poderia ser assumido por um grupo de educação privado, que já atue com ensino básico e superior, e teria a formação técnica como complementar à grade.
Federação das escolas privadas entra com ação no TCU contra Sistema S
(Valor Econômico; 05/11)
http://encurtador.com.br/rxyBK
A Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep) - representante das escolas de educação básica e faculdades particulares - entrou hoje com ação no Tribunal de Contas da União (TCU) contra o Sistema S.
Segundo a entidade, as instituições de ensino do Sistema S atendem outros públicos que não são os trabalhadores da indústria ou do comércio e seus respectivos dependentes, além de praticarem preços de mercado.
Paulo Guedes vai mexer no Sistema S
(Valor Econômico; 04/11)
http://bit.ly/2JJDFn1
O Sistema S como funciona hoje está com os dias contados a partir da posse de Paulo Guedes no Ministério da Fazenda, diz o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, em nota deste domingo. O sistema não será extinto, mas será profundamente reformulado, diz a coluna. Entre as mudanças previstas está o fim de patrocínios que nada tenham a ver com a formação e capacitação de trabalhadores, exemplifica.
Fazem parte do sistema S: Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai); Serviço Social do Comércio (Sesc); Serviço Social da Indústria (Sesi); e Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio (Senac).
EDUCAÇÃO SUPERIOR
Dívida de estudantes ao Fies chega a R$ 10 bilhões
(Jornal da Record; 04/11)
https://bit.ly/2D5VJpV
Em todo País, cerca de 500 mil estudantes deixaram de pagar o financiamento estudantil por mais de 90 dias. A dívida já chega a R$ 10 bilhões.
Irmã de Paulo Guedes defende migração do ensino superior para pasta de Ciência e Tecnologia
(O Globo; 01/11)
https://glo.bo/2DnyTLv
Vice-presidente da Associação Nacional das Universidades Particulares ( Anup ), Elizabeth Guedes disse ao GLOBO que ficou sabendo da proposta do governo Bolsonaro de retirar a educação superior do MEC por meio da imprensa e que não conversou sobre o tema com o irmão, Paulo Guedes , escalado para ser o superministro do presidente eleito. Para ela, o novo desenho pode alavancar a qualidade acadêmica do ensino superior. Embora a Anup represente grandes grupos educacionais, como Anhanguera, Uninove e Pitágoras, Elizabeth não vê conflitos de interesse na sua atuação junto ao poder público em virtude do parentesco com o "Posto Ipiranga" de Bolsonaro . Ela disse que não tem intenção de integrar o governo, mas sim de continuar "militando" na área do ensino superior.
MUNDO SINDICAL
Escola sem Mordaça
(CUT; 06/11)
http://bit.ly/2zuLesL
Na manhã desta terça (6), o Sinpro ABC - Sindicato dos Professores do ABC realiza ato em frente à escola Liceu Jardim, em Santo André, que na semana passada demitiu uma professora que era monitorada pelos pais nas redes sociais e que se posicionava contra Bolsonaro.
Entrevista professora demitida
(Sinpro ABC; 01/11)
http://bit.ly/2F6x2MQ
Entrevista com a professora demitida em Santo André, vítima da perseguição à professores promovida pelos simpatizantes do novo governo Bolsonaro.
Nome: JL. Formação: História pela Unicamp e mestrado em Teoria e História Literária pela Universidade de Copenhague.
SABC: Como foi o episódio da demissão?
JL: O fato da demissão foi o que a escola me passou; houve um grupo de pais que se movimentou no sentido de tentar coagir alguns professores que supostamente , segundo eles, estaria doutrinando seus filhos, uma vez que nessa época de eleições os ânimos estavam acirrados, inclusive em casa, e muitos se colocando num posicionamento mais conservador por parte dos pais.
Roda de conversa sobre violência e perseguições aos professores
(Sinpro Campinas; 06/11)
http://bit.ly/2QjjcaZ
O Sinpro Campinas e região, ciente das pressões, coerções e intimidações pelas quais os professores estão passando em sala de aula devido a atual conjuntura política, fará uma roda de conversa com a categoria para prestar orientações jurídicas. O evento contará com a participação do advogado trabalhista, Dr. Alexandre Palhares, acontecerá no dia 10 de novembro, às 9 horas, na sede do Sindicato.
Todos os professores e professoras, sindicalizados ou não, estão convidados a participar.
Reiteramos que o Sindicato é um instrumento legítimo de defesa dos trabalhadores e vamos auxiliar a nossa categoria nesse momento.
E TEM MAIS:
Supremo julgará lei do Escola Sem Partido dia 28/11
(Sinpro SP; 05/11)
http://bit.ly/2RAh5zG
Foi marcado para o dia 28/11 o julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adi) que questiona a primeira lei do Escola Sem Partido (lei 7.800), aprovada pela Assembleia Legislativa de Alagoas em 2016. A ação no Supremo Tribunal Federal foi movida pela Confederação dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino - Contee, entidade de nível nacional que representa os sindicatos e federações de professores e trabalhadores no ensino privado. O Sinpro-SP é um dos sindicatos fundadores da entidade.
Conhecida como a Lei da Mordaça, a Lei 7.800 foi a primeira do movimento Escola Sem Partido aprovada , mas há projetos com a mesma redação em todo o país, tramitando em Câmaras Municipais, Assembleias Legislativas e também no Congresso Nacional.
Desde março de 2017, a lei alagoana está suspensa, por decisão do ministro Luiz Roberto Barroso, relator do processo, que acatou o pedido de Contee de suspender a legislação até o julgamento. Infelizmente, isso não impediu a proliferação de projetos de lei semelhantes em todo o país.
Para especialistas, governo não deve acelerar votação da reforma da Previdência
(Rede Brasil Atual; 01/11)
https://bit.ly/2RynxqW
O projeto de reforma da Previdência desenhado pelo governo de Michel Temer (MDB) dificilmente conseguirá ser aprovado ainda neste ano, como têm sugerido o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) e seu futuro ministro na área econômica, Paulo Guedes. A avaliação é do analista político do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) Marcos Verlaine.
Em entrevista à repórter Ana Rosa Carrara, da Rádio Brasil Atual, Verlaine observou que, além do escasso tempo para o debate da matéria, pouco mais de um mês, e da vigência da intervenção militar no estado do Rio de Janeiro que impede a votação de emendas à Constituição, a postura mais responsável por parte do atual governo seria não acelerar a tramitação da matéria. "Acho absolutamente imprudente levantar esta discussão agora. É o mercado forçando a barra por uma visão equivocada de fazer de qualquer jeito a reforma porque lhe interessa", afirma o analista político.